Voltámos a cruzar-nos por aí, sorrimos
e trocámos aquelas palavras de ordem, “Olá! como estás? Eu estou bem e tu? Eu
também”…E eu lá segui para a esquerda e tu para direita.
Nenhum de nós olha para trás, mas
ambos sabemos que muito ficou por dizer…falta-nos coragem? Somos demasiado
orgulhosos? Esperamos pelo momento ideal para dizer algo ou que liberdade de
uns copos a mais fale por nós? Não sei responder, mas sei que a minha cabeça
naquele momento pensava no que devia dizer...
Regresso ao meu grupo de amigos e
sem sequer dizer uma palavra, vejo as suas caras reprovativas e penso para mim “isto
não vai correr bem” …De copo não mão um deles solta um simples “Não se deve
voltar a uma casa onde já fomos felizes” outros dizem “se não resultou da
primeira vez porquê tentar outra vez”, à minha esquerda ouço uma frase batida “Isso
não saudades dela meu puto, são saudades do que tinhas com ela”…
Encolho os ombros e sinto
saudades dos tempos em que bebia para não pensar nestas coisas, mas a verdade é
que a cabeça trabalhava a mil e pensava “Porque a felicidade teve uma razão de
ser, porque é preciso errar para aprender a vencer,e se forem mesmo saudades
dela? Prefiro arrepender-me do que fiz do que daquilo que não fiz.”…mas não
consegui dizer nada disto, apenas sorrir e dizer estas pago eu…
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