segunda-feira, 16 de março de 2015

Sem título

Voltámos a cruzar-nos por aí, sorrimos e trocámos aquelas palavras de ordem, “Olá! como estás? Eu estou bem e tu? Eu também”…E eu lá segui para a esquerda e tu para direita.

Nenhum de nós olha para trás, mas ambos sabemos que muito ficou por dizer…falta-nos coragem? Somos demasiado orgulhosos? Esperamos pelo momento ideal para dizer algo ou que liberdade de uns copos a mais fale por nós? Não sei responder, mas sei que a minha cabeça naquele momento pensava no que devia dizer...

Regresso ao meu grupo de amigos e sem sequer dizer uma palavra, vejo as suas caras reprovativas e penso para mim “isto não vai correr bem” …De copo não mão um deles solta um simples “Não se deve voltar a uma casa onde já fomos felizes” outros dizem “se não resultou da primeira vez porquê tentar outra vez”, à minha esquerda ouço uma frase batida “Isso não saudades dela meu puto, são saudades do que tinhas com ela”…

Encolho os ombros e sinto saudades dos tempos em que bebia para não pensar nestas coisas, mas a verdade é que a cabeça trabalhava a mil e pensava “Porque a felicidade teve uma razão de ser, porque é preciso errar para aprender a vencer,e se forem mesmo saudades dela? Prefiro arrepender-me do que fiz do que daquilo que não fiz.”…mas não consegui dizer nada disto, apenas sorrir e dizer estas pago eu…


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