segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Perdido e achado


Acordo e vejo-me perdido numa rua estranha, será que ainda estou a dormir? Olho ao meu redor e nada me parece familiar, será que estou a sonhar? O vento gelado faz-se sentir, algumas gotas de água molham-me os óculos…procuro algo familiar à minha volta, uma casa, uma cara, uma árvore ou um simples sinal de trânsito, mas nada me parece certo, o que se passa comigo? Estarei com a memória afectada?

O som de um telemóvel começa a ecoar na minha cabeça, parece vir de muito perto, procuro nos bolsos e lá encontro um simples objecto sem marca a tocar, no ecrã pode ler-se anónimo. Na buscar de entender o que se passa atendo…”Está sim? Quem fala”, digo eu muito timidamente, mas ninguém me responde, apenas o respiração alta e calma consigo ouvir do outro lado da linha…insisto mas a resposta continua a não aparecer. Não entendo o que se passa, será isto tudo real?

Um encontrão de uma senhora aparentemente perdida desperta-me de novo para a realidade que me envolve, à minha frente um carro de portas abertas parece abandonado, será meu? Não me consigo lembrar do que me fez chegar este sítio ou se alguma vez aqui estive antes. Continuo a andar em frente procurando algo que me faça perceber isto tudo.


Começo a sentir-me perdido, mas eis quando uma voz conhecida parece chamar por mim, procura-a e vejo-te a sorrir, “então pareces perdido…estavas a sonhar acordado?”…Não, respondo eu ao mesmo tempo que esboço um tímido sorriso. Segue-se um largo sorriso ao constatar que à minha volta agora tudo é familiar, agora sei que não estava a sonhar, apenas estava perdido e tu foste achar-me quando eu mais precisava…

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